As apreensões de anfetaminas, conhecidas como “rebite”, bateram recorde em 2022 nas estradas federais que cortam a Bahia. Ao todo, foram tiradas de circulação 286,4 mil unidades de comprimidos de anfetamina, material considerado ilícito. O valor apreendido equivale a um aumento de quase 7 mil %com relação a 2021. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (23) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Na Bahia, os números representam mais de 70% do total nacional. Em apenas uma ocorrência registrada em um trecho da BR-116 de Feira de Santana, a PRF apreendeu o valor recorde de 282 mil unidades de comprimidos de “rebite”. O fato ocorreu em junho do ano passado e causou um prejuízo de R$ 1,6 milhão ao tráfico.
Conforme a corporação, a substância é um estimulante que atua no sistema nervoso central e faz com que o cérebro trabalhe mais depressa. Com isso, causa a impressão de diminuição da fadiga, além de menos sono, perda de apetite e aumento da capacidade física e mental. Devido à falsa sensação de confiança, vários motoristas usam a anfetamina para dirigir por mais tempo.
A PRF alerta que o uso da substância é imprudente e coloca em risco a segurança de todos que trafegam pelas rodovias. Ainda segundo a corporação, quem é pego com a substância responde criminalmente por porte de droga para consumo, e até por tráfico de entorpecente.
Além disso, o Código de Trânsito Brasileiro estabelece que dirigir sob influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência é infração gravíssima. A pena é de multa é de dez vezes e a suspensão do direito de dirigir vale por 12 meses, podendo se enquadrar também como crime de trânsito.
