O Tribunal do Júri da Comarca de Ilhéus concluiu, na tarde desta segunda-feira (30), o julgamento de sete indígenas da comunidade tupinambá. Acusados pela morte do agricultor Juraci José dos Santos Santana, além de sequestro da esposa e de uma enteada da vítima, eles foram condenados por homicídio qualificado, cárcere privado e cumprirão penas que variam de dois a 14 anos e cinco meses.
Os crimes foram cometidos em fevereiro de 2014, na zona rural de Una. O indígena réu Cledson Teles Sousa foi absolvido pelo crime de homicídio duplamente qualificado, mas condenado por cárcere privado contra a enteada do agricultor. Acabou punido com dois anos de prisão. Recebeu a pena mais leve.
Cleildo Nascimento Souza e Pascoal Pedro de Souza foram punidos pelo crime de homicídio duplamente qualificado e cárcere privado contra a esposa e enteada do agricultor. Os dois índios tupinambás terão de cumprir 13 anos, 11 meses e seis dias.
Penas maiores sofreram os índios Cleiton Teles Sousa, Nildo de Almeida Teles e Domingos Oliveira de Sousa. Eles terão de cumprir 14 anos e 4 meses de detenção pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e cárcere privado qualificado contra enteada do agricultor, além de cárcere privado contra a esposa de Juraci José.
Antônio José Oliveira dos Santos foi punido pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e cárcere privado contra a entenda do agricultor e contra a esposa da vítima. Ele deve cumprir pena de 14 anos, 5 meses de 25 dias. Os condenados vão aguardar em liberdade até o transito em julgado do processo.
Juraci José dos Santos Santana era líder do Assentamento Ipiranga, no distrito de Vila Brasil, em Una. O agricultor teve a orelha arrancada pelos criminosos. Composto por por 25 jurados e 25 suplentes, o julgamento começou na terça-feira (24) e ocorreu no auditório da Justiça Federal de Ilhéus.