A polícia investiga se Giovanni Quintella Bezerra, anestesista preso por estuprar uma grávida durante a cesariana, também estuprou outras duas mães que tiveram seus bebês no dia do flagrante - o médico foi gravado em um vídeo pela equipe de enfermagem que desconfiava que ele vinha praticando os crimes.
A suspeita dos investigadores partiu de relatos das testemunhas da equipe de enfermagem do Hospital da Mulher de São João de Meriti que desconfiaram do comportamento do anestesista e então decidiram gravar o próximo parto, já que nas salas dos dois primeiros a filmagem não´foi possível.
Entre as posturas que causaram estranhamento já nos primeiros partos estão:
Cabana improvisada para ocultar a visão sobre parte da paciente
Sedação além do normal nas pacientes
Pedido para retirar o marido da sala
Flagrante de ereção
Primeiro parto: 'cabana' para ocultar a paciente da cabeça para cima
Segundo uma testemunha, o anestesista usou na primeira cesariana do domingo (10) um capote fazendo uma cabana que impedia que qualquer outra pessoa pudesse visualizar a paciente do pescoço para cima. A enfermeira conta que jamais havia presenciado algo semelhante, já que os anestesistas se posicionam em lugar oposto, permitindo assim que todos da equipe possam observar as pacientes do pescoço para cima. Além da testemunha, outros três técnicos de enfermagem também presenciaram o fato e acharam a atitude bastante estranha.
No segundo parto, o anestesista improvisou o próprio capote para obstruir a visão.
As testemunhas relatam que já desconfiavam os movimentos do médico, com essa proteção para tentar obstruir a visão do paciente.
Sedação além do normal; 'Também quer?, disse anestesista para auxiliar
Um dos integrantes da equipe de enfermagem narrou em depoimento que Giovanni "arrumava seu espaço de trabalho de forma a criar barreiras que impediam a visão de todos os outros profissionais ali presentes, e ainda sedava as pacientes além do normal, deixando as mesmas inconscientes durante os procedimentos cirúrgicos, que eram os partos, tudo isso bem diferente de como atuavam outros médicos anestesistas".
A testemunha também percebeu que a paciente estava completamente sedada e "tal sedação não era de comum realização entre os profissionais da anestesia, pois o hospital preza pelo parto humanizado, e orienta para que tão logo o procedimento cirúrgico termine, as pacientes já estejam prontas para receberem os recém nascidos para a amamentação, e com a sedação, isso fica praticamente impossível"
Pedido para retirar o marido
Na segunda cirurgia do domingo, uma testemunha conta que a profissional que estava presente afirmou que também estava desconfiada sobre comportamento do anestesista. Ela relatou que o médico tinha mandado retirar o acompanhante da paciente.
O marido de uma das grávidas atendidas no domingo prestou depoimento e corroborou o relato.
Flagrante de ereção
Uma testemunha conta que, nesse parto, houve um descolamento da placa de bisturi, o que ocasiona um alarme até que a placa seja novamente aderida à pele da paciente. No momento em que foi ajudar a resolver o problema, a auxiliar reparou que Giovanni estava próximo da cabeça da paciente com seu pênis rígido e ereto, por baixo da roupa, e tentou cobrir com seu casaco cirúrgico.
VEJA VÍDEO COM MOMENTO DO FLAGRANTE (Veja tudo aqui):