O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluiu que uma manobra errada provocou a explosão do bimotor Cessna 550, ao pousar na Península de Maraú, no sul da Bahia, na tarde de 14 de novembro de 2019. A conclusão do laudo foi divulgada pelo site da Piauí, em reportagem do último dia 8. Cinco pessoas morreram no acidente.
A investigação constatou que a aeronave aterrissou antes da cabeceira da pista, arrastou-se por 200 metros no solo, pegou fogo e explodiu. Conforme o laudo, o piloto Aires Napoleão Guerra, de 66 anos, teria demorado de perceber o grau de proximidade do bimotor com a pista. Dessa forma, não reagiu a tempo de impedir o contato com o chão.
O laudo afirma que Aires tinha baixo nível de entrosamento com o jovem copiloto Fernando Oliveira Silva, de 26 anos. Isso teria levado o piloto a se dividir entre o comando da aeronave e a supervisão do auxiliar.
Aires foi procurado pela revista e disse que não comentaria o caso, pois as investigações teriam sido encobertas por inverdades e narrativas inverídicas.
O copiloto Fernando morreu no acidente, que também vitimou a empresária Marcela Elias, de 37 anos, o filho dela, Eduardo Elias, 6, a influenciadora Maysa Mussi, 32, e Tuka Rocha, 36, estrela da Stock Car.
Cinco pessoas sobreviveram ao acidente: o piloto Aires Napoleão, Eduardo Elias (pai de Eduardo e viúvo de Marcela), Eduardo Mussi (viúvo de Maysa), Marcelo Constantino, herdeiro da companhia aérea Gol, e sua namorada, a artista plástica Marie Cavelan.
O grupo iria passar o feriado da República na casa de Eduardo Mussi na Península de Maraú. Os familiares das vítimas e os sobreviventes cobram reparação de danos ao proprietário da aeronave, o bilionário Juca Abdalla. O laudo do Cenipa traz novas implicações jurídicas para o caso. Abdalla não quis comentar a conclusão das investigações.