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20 de junho de 2021

Motoristas dizem ter visto Lázaro com mochila e camisa branca

 

Moradores de regiões rurais do interior de Goiás e do Distrito Federal estão assustados com a caçada a Lázaro Barbosa, de 32 anos, chamado de "serial killer" após matar uma família em Ceilândia (DF). Passageiros de um veículo disseram à PRF (Polícia Rodoviária Federal) terem avistado um homem, que, segundo eles, seria Lázaro. O rapaz estaria de camisa branca e mochila nas costas correndo em direção a Águas Lindas de Goiás e ao DF. 

Assim que os ocupantes do veículos passaram a informação à polícia, diversas viaturas deixaram o ponto de boqueio em direção ao local apontado como o destino de Lázaro. Outras viaturas da polícia chegaram para render as equipes e dar sequência à abordagem dos veículos. 

Caçada a Lázaro
Quase 300 agentes de segurança entraram, neste domingo (20), no 12º dia de buscas em Cocalzinho de Goiás (GO) por Lázaro Barbosa. O rapaz supostamente se esconde numa área de mata há quase duas semanas e desafia as autoridades locais, que tentam capturá-lo com operações diárias.

Além dos 270 agentes públicos, o cerco a Lázaro inclui o uso de um drone da PF (Polícia Federal) com uma câmera termal, capaz de detectar diferenças de temperatura, cães farejadores, blitze nos veículos que circulam pela região e ainda até policiais especialmente treinados em ambiente de caatinga e cerrado.

Em todas as saídas das estradas locais, a qualquer condição de suspeita, os policiais param os automóveis para averiguar a possibilidade do homem de 32 anos se esconder nos porta-malas dos veículos. As autoridades sabem que Lázaro viveu como mateiro e criador de animais durante muito tempo. Portanto, ele tem conhecimento do terreno e do clima e, segundo as investigações, é um assassino frio e calculista.

População amedrontada
Com medo de ser abordada pelo "serial killer", Jorlene Costa dorme há dois dias dentro de um veículo estacionado em frente a uma base da força-tarefa da polícia na cidade do interior de Goiás. Jorlene está grávida e é acompanhada dos filhos.

"Estou aqui para proteger meus filhos porque uma mãe mata e morre pelos filhos. Tô grávida e estou aqui pelos meus filhos. Vamos voltar aqui quantas vezes forem necessárias. Tenho lutado com isso", explicou.

"Há dois meses estamos em pânico na minha região. Tem testemunha, tem boletim de ocorrência e a gente vive em pânico", disse Jorlene. "Uns 20 dias antes de ele fazer a primeira família vítima em Ceilândia, ele matou duas pessoas na minha região", relembra.

A mulher diz que faz parte de uma associação de moradores da região de Cocalzinho que defende que caçadores devem se juntar às equipes de polícia para encontrar o serial killer. "Queria que os caçadores da minha comunidade entrassem junto com a polícia, mas minha voz não foi ouvida. O meu marido conhece a fazenda, cada vizinho conhece sua a fazenda e entrariam junto com a polícia e cercaria. Acredito que em 3h ou 4h eles pegariam [Lázaro] com toda certeza", argumenta.

A associação, segundo ela, compartilha informações sobre como se proteger de Lázaro e manter vigília para evitar ataques. "A gente tem um grupo caso ele apareça. Muitos não têm sinal [de internet], na minha casa só tem um lugarzinho que pega e mal", diz. "Começamos a nos vigiar por medo e por ele estar matando. Ninguém está [disposto] a dar sua vida de graça. Primeiro, ele matou um vizinho. Não tenho a minha vida e dos meus filhos para dar de graça", finaliza.



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