O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, divulgou ontem vídeo afirmando que está em negociações com a Pfizer sobre a compra de doses de seu imunizante para o Brasil. Segundo ele, já a partir dessa semana a Fiocruz e o Instituto Butantan estabilizarão a produção nacional.
“A partir de agora a gente segue nos trâmites de fazer esse contrato o mais rápido possível”, disse o ministro, que vem sendo pressionado pelo aumento recorde nas mortes decorrentes da Covid-19 e formalizou, também ontem, a intenção de compra de quase 140 milhões de doses de vacinas dos laboratórios Pfizer e Janssen.
Em edição extra do Diário Oficial da União, o Ministério da Saúde permitiu a dispensa de licitação para destravar a aquisição dos imunizantes. Nas portarias, assinadas por Roberto Ferreira Dias, diretor do Departamento de Logística em Saúde da pasta, estão previstas 100 milhões de doses da Pfizer e 38 milhões da Janssen.
O ministro se reuniu ontem, em conferência de vídeo, com representante da Pfizer e elogiou o cronograma apresentado pela farmacêutica, mas não deu detalhes sobre os números. Segundo fontes, a estimativa é de entrega de 9 milhões de doses do imunizante até junho, 30 milhões até setembro e 60 milhões de doses até dezembro, totalizando 99 milhões.
— A proposta de cronograma que está sendo apresentada é boa e a partir de agora a gente segue nos trâmites de fazer esse contrato o mais rápido possível — disse.
A representante da Pfizer que participou da reunião disse que a farmacêutica está “muito feliz” por dar continuidade às negociações, “para que a gente possa trazer a vacina à população brasileira”. Mais cedo, Pazuello havia afirmado a membros da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) que gostaria de concluir a compra do imunizante ainda ontem. A pasta divulgou nota na qual Pazuello garantia a “estabilidade” no cronograma de entregas de vacinas contra a Covid-19 a partir deste mês.
— Já temos contratos alinhados para adquirir a vacina russa Sputnik V. O projeto de lei aprovado pela Câmara facilitou as negociações com Pfizer e Janssen— disse.