O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Paulo Coutinho, lamentou a morte do soldado Wesley Soares de Góes, ontem, no Farol da Barra, em Salvador, e considerou que a movimentação por motim na corporação não representa a polícia.
– A PM é bem maior que isso – disse o comandante-geral, afirmando que a polícia está em funcionamento para “servir e proteger o cidadão e qualquer manifestação de ordem política não cabe nesse momento”.
Falando sobre as negociações e o desfecho do caso, o coronel disse que foram utilizados recursos de uso progressivo da força no momento da atuação. “A situação não permitia, inclusive pela distância, a utilização de uma pistola de condicionamento. A tropa estava sendo atacada com uma arma de guerra, um fuzil. Efetivamente, é um potencial de letalidade grande. As ações foram desencadeadas com o objetivo de retirá-lo do enfrentamento”.
O coronel Coutinho destacou ainda que a instituição está prestando todo o apoio à família de Wesley. “Um policial militar que não apresentava problemas de comportamento, não deu sinais em qualquer momento de distúrbios, trabalhava em Itacaré, assumiu o serviço ontem [domingo, dia 28] pela manhã em Itacaré e dirigiu-se ao Farol da Barra, armado, pra fazer aquela situação que nós nos envolvemos como ocorrência crítica, no veículo dele próprio.
Trouxemos, inclusive, uma irmã dele, no helicóptero da corporação, em uma tentativa de negociação para encerrar aquela situação”, revelou o comandante-geral.