A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) antedeu na quinta-feira (15) a um pedido da fabricante White Martins Gases Industriais do Norte Ltda. para produzir oxigênio hospitalar com um teor menor de pureza em meio ao desabastecimento do produto no estado do Amazonas.
A possibilidade de entregar oxigênio com 95%, ao invés de 99%, aumentará a capacidade da fábrica da White Martins em Manaus.
Com alta de mais de 100% das internações por covid-19 em duas semanas, a capital amazonense ficou sem oxigênio hospitalar nos últimos dias.
Há relatos de pacientes que morreram em hospitais na quinta-feira porque não havia oxigênio disponível.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, explicou no começo da semana que a necessidade de oxigênio no auge da crise, no ano passado, foi de 30 m³ por dia e que agora chegou a 70 m³/dia, ultrapassando a capacidade de fornecimento por parte da White Martins.
Uma força-tarefa foi montada pelo governo, com ajuda das companhias áreas, para transportar cilindros de gás até a cidade.
A decisão da Anvisa vale pelo prazo de 180 dias, mas a produção do oxigênio a 99% deve retornar assim que a situação for normalizada.
A agência ainda determinou que "os profissionais e serviços de saúde sejam informados sobre a correta pureza do produto de cada cilindro (95% e não 99%). De acordo com a empresa responsável pela produção de oxigênio medicinal, a flexibilização do nível de pureza vai permitir o aumento da capacidade de fabricação".