O anúncio foi feito pelo professor de medicina da Universidade de Oxford, Sir John Bell, em entrevista ao programa “Today”, da Rádio 4, da BBC.
As equipes de pesquisa clínica do Jenner Institute da Universidade de Oxford e do Oxford Vaccine Group no Reino Unido, responsáveis pela vacina batizada como ChAdOx1 nCoV-19, iniciaram os trabalhos em fevereiro e os testes em humanos começaram no final de abril.
Para John Bell, o desafio agora é garantir a produzir a vacina em larga escala caso o resultado seja positivo.
“Também queremos garantir que o resto do mundo esteja pronto para fazer esta vacina em larga escala para chegar às populações dos países em desenvolvimento, por exemplo, onde a necessidade é muito grande”, contou.
A produção da vacina se dá a partir de uma versão enfraquecida de um vírus do resfriado comum (conhecido como adenovírus) de chimpanzés, que foi modificado para não poder se desenvolver em humanos. Foram adicionadas ainda as proteínas do vírus que causa o COVID-19 – glicoproteína Spike.
“Esperamos fazer com que o corpo reconheça e desenvolva uma resposta imune à proteína Spike, que ajudará a impedir que o vírus SARS-CoV-2 entre nas células humanas e, portanto, evite a infecção”, afirmou a universidade.
Não estão descartados efeitos colaterais como dores no braço, dores de cabeça ou febre nos primeiros dois dias após a vacinação.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 70 vacinas em potencial estão sendo desenvolvidas atualmente, todas em diferentes estágios. (Psicologias do Brasil)