São Paulo – Em meio ao pânico global causado pela pandemia do novo coronavírus, uma boa notícia veio da China, país onde a doença surgiu em dezembro do ano passado: o país anunciou na última quinta-feira, 12, que o pico de casos de COVID-19 já passou.
“Falando em termos gerais, o pico da epidemia passou na China“, disse Mi Feng, porta-voz da Comissão Nacional de Saúde. “O aumento de casos novos está caindo”.
Zhong Nanshan, o principal assessor médico do governo chinês, disse em uma coletiva de imprensa realizada que, contanto que os países levem os surtos a sério e estejam preparados para adotar medidas firmes, ele pode acabar em todo o mundo em questão de meses.
“Meu conselho é conclamar todos os países a seguirem as instruções da OMS (Organização Mundial da Saúde) e intervir em escala nacional”, disse. “Se todos os países se mobilizarem, pode acabar até junho”. As informações são da agência Reuters.
Enquanto na China, o número de infectados parece cair, mundo afora o número de casos confirmados do novo coronavírus já passa de 200 mil. Até esta quarta-feira, 18, o monitoramento feito pela Universidade Johns Hopkins mostrava 207.615 casos confirmados da covid-19, como ficou conhecida a doença causada pelo vírus. A Itália é o segundo país mais afetado pela epidemia, com mais de 30 mil casos, e o Irã vem em terceiro, com mais de 17 mil.
O número é diferente do divulgado pela Organização Mundial da Saúde. De acordo com a entidade, há cerca de 193 mil casos confirmados mundo afora. Os dois países mais afetados, no entanto, continuam sendo Itália e Irã. Vale notar que especialistas alertam para o fato de que os números no Irã podem estar subestimados, já que é difícil obter informações oficiais sobre a situação no país, um dos mais fechados do mundo.